Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2017

Dói...

Dói. Ainda dói. Algumas vezes, dói tanto que eu não consigo respirar. Pensar em tudo o que vivemos juntos, em tudo o que queríamos fazer juntos, acaba comigo. Eu sinto como se eu tivesse tido toda a felicidade que eu poderia ter na vida e, simplesmente, a deixei ir. Deixei você ir. E dói. Dói não saber o que fazer, não saber quem eu sou sem você. É um vazio infinito, sou tudo e nada ao mesmo tempo. Vácuo no universo, vácuo no meu coração. Eu queria ter sabido, pelo menos suspeitado, ter me agarrado aos momentos que tivemos sabendo que eles eram os últimos. Queria que as coisas não tivessem mudado tanto entre nós e que pudéssemos ser aquelas pessoas que um dia fomos. Não somos mais. Não somos mais nada. Nada além de dor. Já falei o quanto ainda dói?  [Mariana Siqueira]

Não ser...

Eu que já fui tão feliz, hoje não sou mais metade do que era. Perdi algo dentro de mim e não encontro por nada nessa Terra.  No espelho, a figura envelheceu, parece que perdeu para a vida.  É como se o reflexo fosse eu e a original uma lembrança refletida.  Não me reconheço mais, nem sei onde me encontrar.  Tenho saudade de mim e de como eu costumava sonhar. Hoje, tampouco as rimas parecem me reconhecer,  Os poemas revelam que perdi meu próprio ser.  Pouca coisa faz sentido nesse momento, tudo parece fora do lugar.  Se eu pudesse diria que lamento não ser mais a menina que sabe amar. [Mariana Siqueira]

Um Estranho de Passagem... - V.

Você me deu um dia perfeito. Pelo menos, nas minhas ilusões. Mas não adianta, você não tem jeito. Tinha que ir partir outros corações. Ao seu lado, juro, cheguei a pensar. Que achara a felicidade de outrora. Acordei e foi correndo te contar. Mas pela manhã você já tinha ido embora. No seu lugar havia um bilhete educado. Se desculpando e agradecendo simplesmente. Eu me senti tão ingênua por ter acreditado Que de todos os outros você fosse diferente. Acabou que você era igual, sem tirar nem pôr. Pegou na minha mão e fez meu coração disparar. Me tirou o ar e fez sumir a minha dor. Só para depois sumir e fazê-la voltar. [Mariana Siqueira]